INTEMPORAL
Venho da lonjura dos caminhos
a desafiar passados...
venho da turba que passa
das ondas dos trigais
dos pés andarilhos
dos passos ritmados do tempo
que me empoeira de estrelas...
venho nos ventos
nas brisas murmurantes
nas auroras de luz
nos ocasos de cor
no olor das rosas...
e caminho
incessantemente
uma e outra vez
pelos córregos estreitos
dos peitos em dor...
venho por mim
e por ti
meu amor, meu irmão
enquanto puder ser
estrela guia
e ponte
atravessando abismos...
e há quantos passados te espero!
Há quantos futuros te anseio!
Venho
da lonjura dos caminhos
só para te pegar pela mão!...
Maria Mamede
Venho da lonjura dos caminhos
a desafiar passados...
venho da turba que passa
das ondas dos trigais
dos pés andarilhos
dos passos ritmados do tempo
que me empoeira de estrelas...
venho nos ventos
nas brisas murmurantes
nas auroras de luz
nos ocasos de cor
no olor das rosas...
e caminho
incessantemente
uma e outra vez
pelos córregos estreitos
dos peitos em dor...
venho por mim
e por ti
meu amor, meu irmão
enquanto puder ser
estrela guia
e ponte
atravessando abismos...
e há quantos passados te espero!
Há quantos futuros te anseio!
Venho
da lonjura dos caminhos
só para te pegar pela mão!...
Maria Mamede
6 Comments:
Que beleza de poema, Maria. Um Taureg, um "eterno viajor de eterna senda" que enfrenta todas as intempéries para "pegar-te à mão".
Esplendoroso.
Abraços
Obrigada António Carlos! que bom que gostou...
Embora qualquer um dos meus Poemas tenha muito de mim, os deste teor, entram muito mais fundo na minha alma e trazem à superfície o conteúdo do Cofre dos Segredos!
Um beijo Atlântico desta Amiga
Maria Mamede
Belo poema. Venho da turba que passa das ondas dos trigais dos pés andarilhos dos passos ritmados do tempo que me empoeira de estrelas...
Amei, amei.
Kiss
Li e reli este poema. Mas deixas-me sem palavras... espero que um dia destes o digas, pois a tua voz é a candura que vivifica as palavras que escreves.
Gostei, Mamede!
Um beijo,
José Gomes
Olá Amigo Ludovicus, muito OBRIGADA...
Tal como já disse ao Moço da Bodega, embora todos os meus Poemas saiam da alma, alguns mais que outros, conseguem expressar o que vai nos seus mais recônditos refúgios.
Beijos de Luz da
Maria Mamede
Zeca, meu Irmão, que poético comentário!!!!!!!!!!!
OBRIGADA!
É claro que um dia destes, quando estivermos todos juntos, seja nas nossas Noites de Poesia, seja em minha ou tua casa, direi com muito gosto, já sabes!...
Beijos
Maria Mamede
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